A Estupa Boudhanath
Depois de visitar o
mosteiro, fui conhecer a estupa Boudhanath. Naquela manhã, antes de sair do
hotel, eu deixei uma sacola grande no concierge, que eram doações para a escola
que eu e outra comissária havíamos levado. Como era sábado, a escola estava
fechada e meu plano era levar as doações em minha próxima viagem que seria em
dia de semana, mas que devido ao terremoto acabou não acontecendo.
O caminho para a
estupa era em uma estrada boa, o que me deixou mais tranquila. Chegando lá,
Lila estacionou o carro numa rua atrás, pois a rua da estupa é muito
movimentada. O Nepal apesar de ser um país pobre, atrai turistas de todo mundo
pois é um país antigo, com muita história e lugares interessantes para
conhecer. Lila me levou até a frente da estupa, e para chegar lá era necessário
atravessar uma galeria que fica dentro de um prédio. Subimos dois andares de
escada dentro do prédio, atravessamos a rua e lá estava a estupa. Lila disse para
eu passear o tempo que quisesse que ele estaria me esperando aonde havia
estacionado o carro.
Comprei meu ingresso
e entrei. Já me encantei com a estupa na primeira vista. Ela aparece no filme
“O pequeno Buda” que indiquei para vocês na minha postagem anterior. É um dos maiores e mais significantes
monumentos budistas do mundo. Trata-se
de um monumento religioso, cultural e arqueológico muito importante sendo
também Patrimônio Mundial da Unesco. Na volta estão situados vários mosteiros,
lojinhas onde vi mandalas, budas, incensos, cds, tigelas tibetanas para
meditação entre outros artigos. Muitos turistas, muitos monges e nepaleses que frequentam o local para orar e fazer
oferendas. As oferendas consistem em flores, incensos, lamparinas budistas,
água perfumada, mandalas. Cada uma dará um
resultado diferente na vida da pessoa que faz a oferenda. É conhecida como “A
estupa que responde a todas as orações”.
Em toda a volta da
estupa há rodas de oração, que são “cilindros”
com escritos em sânscrito, que dentro possuem um rolo com um mantra impresso
várias vezes. Girar a roda de oração multiplica a oração, é como recitar um
mantra.
Eu
caminhei na volta da estupa, entrei em alguns templos e tirei fotos, olhei as
vitrines das lojas e estava encantada com o local e a paz que é possível sentir
estando ali. Estava mesmo muito feliz e passaria muitas horas por ali, pois não
dava vontade de ir embora, a energia do local é algo difícil de descrever, me
senti muito, mas muito bem ali mesmo!
Resolvi
subir na estupa e dar uma volta nela. Algumas pessoas estavam meditando na
estupa, outros turistas tirando fotos, monges e muitos pombos no local também.
Sentei e fiquei observando o movimento, curtindo a paz do local, o perfume dos
incensos, dava para ouvir cantos budistas tibetanos de uma loja, de um cd que
inclusive eu já havia comprado em outra viagem ao Nepal. Peguei a brochura que
ganhei quando comprei meu ingresso e comecei a ler sobre a estupa. Na brochura
havia uma descrição detalhada das diferentes partes da estupa e seus
significados. Eu passaria muito tempo sentada ali, melhor ainda se tivesse um
chimarrão!
Eu
estava pensando que gostaria de voltar com mais tempo para explorar mais o
local, fazer compras, pois meu tempo era curto naquele dia, eu precisava voltar
para hotel e dencansar um pouco antes do meu vôo. Eu teria que trabalhar ainda
naquele dia. Mas meus planos foram interrompidos, e os planos de todos que
estavam no Nepal naquele dia também. Quando eu estava ali, sentada na estupa,
curtindo a paz do meu momento naquele lugar tão especial, a terra tremeu, e eu
nem imaginava o que estava acontecendo, e tudo o que eu iria viver e aprender
nas próximas horas.
Vou
encerrar esta postagem por aqui, pois o que tenho para contar nas próximas
postagens será um pouco diferente de
tudo o que escrevi até agora, mas é muito importante para mim dividir com vocês
tudo o que vi e vivi naqueles dias.
Obrigada
pela visita e até breve!